Caro leitor, este é o blog "Cronistas Suburbanos". A intenção deste blog é falar do lado B da cultura do Rio de Janeiro, mais especificamente da Zona Oeste Carioca. Traremos para o leitor o que é produzido de melhor neste canto da cidade, às vezes esquecido pelo poder público: teatro, cinema, arte, a vida na região, cultura e o simpático comportamento da população de forma geral. Comente e compartilhe à vontade.

sábado, 11 de abril de 2015

“Magalhanzê” - Lenda viva da Zona Oeste



Wellington Marcelino, o camelô Magalhães
Por Juh Palmeira

Você já ouviu falar de Wellington Marcelino? Acredito que a maioria das pessoas irá responder que não. Mas se eu perguntar sobre Magalhanzê? Agora sim, quem viveu na década de 90 na região de Padre Miguel, Magalhães Bastos, Realengo e Bangu, com certeza já ouviu falar dessa figura, que virou lenda nas ruas dos bairros.

O vendedor ambulante que se tornou cantor de funk, sempre foi uma figura cultuada na zona oeste carioca. O seu “Rap do Trabalhador” foi um hit na década, a música mistura a rotina do ambulante com expressões criadas por ele com sentido desconexo: “Tomaram minha caixa de bombom-ô, de Serenata de Amor. Todo mundo duro.... Magalhanze”.

“Desde pequeno ele inventa palavras, uma coisa maravilhosa que vem da mente dele. E olha que ele teve meningite, o que o afetou a cabeça, e é analfabeto. Meu filho é um artista,” orgulha-se sua mãe, Vera Lucia Marcelino, de 62 anos e que é dona de casa. Magalhães foi o personagem principal do documentário, “Mc Magalhães, uma lenda viva do funk“, do cineasta Marcelo Gularte, em entrevista explicou que a iniciativa do filme partiu da vontade de contar a história de um ícone da região, um patrimônio imaterial da zona oeste.

Magalhães é uma das figuras mais conhecidas da região, tem a identificação com as pessoas do subúrbio, na alegria e espontaneidade. Muitas histórias envolvem a vida do artista, principalmente a que foi dado como morto umas cinco vezes pelo menos, mas a grande certeza dos moradores, é que Magalhanzê não morrerá jamais, pois o seu “tchurumarublaize” já ficou no imaginário popular.

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