“Magalhanzê” - Lenda viva da Zona Oeste
Wellington Marcelino, o camelô Magalhães |
Por Juh Palmeira
Você já ouviu falar de
Wellington Marcelino? Acredito que a maioria das pessoas irá responder que não.
Mas se eu perguntar sobre Magalhanzê? Agora sim, quem viveu na década de 90 na
região de Padre Miguel, Magalhães Bastos, Realengo e Bangu, com certeza já
ouviu falar dessa figura, que virou lenda nas ruas dos bairros.
O vendedor ambulante que se
tornou cantor de funk, sempre foi uma figura cultuada na zona oeste carioca. O
seu “Rap do Trabalhador” foi um hit na década, a música mistura a rotina do
ambulante com expressões criadas por ele com sentido desconexo: “Tomaram minha
caixa de bombom-ô, de Serenata de Amor. Todo mundo duro.... Magalhanze”.
“Desde pequeno ele inventa
palavras, uma coisa maravilhosa que vem da mente dele. E olha que ele teve
meningite, o que o afetou a cabeça, e é analfabeto. Meu filho é um artista,” orgulha-se
sua mãe, Vera Lucia Marcelino, de 62 anos e que é dona de casa. Magalhães foi o
personagem principal do documentário, “Mc Magalhães, uma lenda viva do funk“,
do cineasta Marcelo Gularte, em entrevista explicou que a iniciativa do filme
partiu da vontade de contar a história de um ícone da região, um patrimônio
imaterial da zona oeste.
Magalhães é uma das figuras mais conhecidas da
região, tem a identificação com as pessoas do subúrbio, na alegria e
espontaneidade. Muitas histórias envolvem a vida do artista, principalmente a
que foi dado como morto umas cinco vezes pelo menos, mas a grande certeza dos
moradores, é que Magalhanzê não morrerá jamais, pois o seu “tchurumarublaize”
já ficou no imaginário popular.
0 comentários:
Postar um comentário