Caro leitor, este é o blog "Cronistas Suburbanos". A intenção deste blog é falar do lado B da cultura do Rio de Janeiro, mais especificamente da Zona Oeste Carioca. Traremos para o leitor o que é produzido de melhor neste canto da cidade, às vezes esquecido pelo poder público: teatro, cinema, arte, a vida na região, cultura e o simpático comportamento da população de forma geral. Comente e compartilhe à vontade.

Últimos Posts

terça-feira, 16 de junho de 2015

VÍDEO: Vai um carteado aí?



Uma das coisas mais famosas no subúrbio carioca é o carteado das praças e dos calçadões. Onde tem a mesa quadriculada o jogo rola como se não houvesse amanhã. Entre amizades e brigas, os jogadores, na maioria idosos, se entendem e fazem um exercício diário de esquecer da ofensa do dia anterior. Afinal, amizade de carteado é sagrada.


sexta-feira, 5 de junho de 2015

PODCAST: A ausência de pontos culturais na Zona Oeste


Foto: Carlos Ivan / Agência O Globo
Por Allan Duffes, Juh Palmeira, Giselle Veríssimo

Galera, esse é o nosso primeiro Podcast. Vamos falar sobre um problema crônico da Zona Oeste do Rio de Janeiro que é a falta de teatros e pontos culturais. As Lonas Culturais foram uma boa tentativa de amenizar o problema, mas a fase delas acabou faz tempo.


domingo, 31 de maio de 2015

Tabuleiro Gigante em Bangu


Por: Juh Palmeira
Clécio Régis, idealizador do Tabuleiro Gigante de Xadrez de Bangu
Foto: Divulgação
Bangu é um bairro pouco conhecido por quem mora do outro lado da cidade, ou é conhecido como os bairros dos presídios, porém quem mora na região tem orgulho de alguns feitos que contribua para multiplicar conhecimento e entretenimento de qualidade, é o caso do tabuleiro gigante do Parque Leopoldina.

O tabuleiro gigante foi iniciativa do cenógrafo Clécio Régis, um antigo morador da região conhecido por criar vários monumentos na localidade, exemplo, é o monumento a Charles Miller, no Shopping Bangu.

“Acredito que a intervenção artística desperta a curiosidade das pessoas. O tabuleiro faz com que aqueles que nunca jogaram se aproxime e se arrisquem.” Explica Clécio Régis, cenógrafo da Rede Globo de Televisão.

Clécio idealizou o tabuleiro, depois que viu um modelo em Amsterdam, na Holanda. Esse é o primeiro tabuleiro construído em praça pública no estado do Rio de Janeiro, tem o tamanho de 4,5m por 4,5m.

A associação de moradores do Parque Leopoldina apoiou a construção do tabuleiro e professores de xadrez oferecem aulas gratuitas para todas as idades, os moradores acreditam que essa ação leva uma imagem positiva do bairro, além de ocupar o tempo da garotada da região.

Clécio Régis é um profissional premiado pelo seu trabalho como cenógrafo, o mais conhecido foi pela novela “Meu Pedacinho de Chão”, o profissional acredita que o bairro de Bangu  só ganha algo de qualidade quando moradores ou empreendedores da região idealiza, esperamos que mais Clécios trabalhem para o bem da localidade.  



quinta-feira, 21 de maio de 2015

Sítio Burle Marx faz os visitantes se encantarem pela botânica




Por Allan Duffes

Opção de lazer e belas paisagens da Zona Oeste, o Sítio Burle Marx não deixa a desejar quando o assunto é diversão para os amantes da natureza. Localizado na Barra de Guaratiba e inserido no Parque Estadual do Maciço da Pedra Branca, o local era a residência do botânico e paisagista Roberto Burle Marx e hoje é o um Centro de Estudos de Paisagismo, Botânica e Conservação da Natureza. O local é ainda um museu botânico que detém um acervo que inclui cerca de três mil e quinhentas espécies cultivadas, com ênfase em plantas tropicais autóctones do Brasil.

Vinculado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o sítio é reconhecido como uma das mais importantes coleções de plantas vivas existentes no mundo, testemunho das profundas alterações sofridas pela natureza no país. O visitante pode conhecer a arquitetura, o atelier de pintura, o salão de pedras e as coleções de plantas do paisagista, além de aproveitar o local que é uma das mais importantes coleções de plantas vivas existentes em todo o mundo, espalhados nos 365.000 m² de vegetação. E ainda, quem estiver no local poderá aproveitar as diversas atividades culturais como concertos, jornadas e exposições.

Além do paisagismo dos jardins e coleções de plantas, o sítio dispõe de um importante acervo museológico e bibliográfico, dividido em nos três conjuntos de imóveis principais que fazem parte da instituição. Na casa, tal como na época em Burle Marx lá vivia, encontram-se preservados o mobiliário, as coleções de arte sacra, pinturas e esculturas do próprio e de artistas contemporâneos, arte pré-colombiana, obras de arte popular brasileira em cerâmica do Vale do Jequitinhonha, objetos de decoração, bem como uma coleção de conchas.

Assim como no Parque Estadual do Mendanha, já publicado por aqui, o Sítio Burle Marx é mais um opção de lazer em meio a Natureza, para gosta de curtir a flora carioca. Mais um prova de que a Zona Oeste do Rio tem muito a oferecer, com as mais variadas opções de lazer e cultura que, infelizmente, ainda são desconhecidas por muita gente, e até mal divulgadas. No fim, se a Zona Oeste fosse explorada como merece, sacudiria o setor de entretenimento carioca.

Serviço:

Endereço: estrada Roberto Burle Marx, 2019
Telefone: (21) 2410-1412
E-mail: srbm@iphan.gov.br
Horário: apenas visita mediada com agendamento - 3ª a sab, 9h30 e 13h30.
Visitas: aom 90 min de duração (Grupos fechados, de até 35 pessoas, horário a combinar).
Ingressos: individual R$ 10,00 / grupos: R$ 150,00 para a guia, R$ 30,00 por pessoa / meia entrada acima de 60 anos / gratuidade para crianças até 5 anos.

Fontes:

http://www.museusdorio.com.br/joomla/index.php?option=com_k2&view=item&id=159:s%C3%ADtio-roberto-burle-marx

http://rioshow.oglobo.globo.com/passeios/atracoes-turisticas/sitio-burle-marx-1123.aspx

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Nomes contam histórias


Maciço da Pedra Branca, uma das possíveis razões pelas quais conhecemos Bangu por esse nome. 
Por Giselle Veríssimo

Todos os dias somos bombardeados com nomes de pessoas, coisas e lugares e pouco nos perguntamos de onde surgiu ou quem começou a chamá-los do jeito que chamamos hoje, principalmente quando se trata do nome do lugar onde vivemos e suas redondezas. Sepetiba, Jacarepaguá, Realengo e Bangu. Você já parou para pensar quem decidiu o nome a ser dado a determinados lugares da Zona Oeste?

Alguns são curiosos, nunca utilizados se não for para se referir apenas aos bairros. Muitas das vezes, ou ainda em sua maioria, explicações para esses nomes são apenas especulações, perdidas e confundidas com o passar dos anos conforme a história corre de boca a boca pelas gerações de quem ali viveu. Como por exemplo, será que Ilha de Guaratiba é mesmo uma ilha?

A resposta é não. Ilha de Guaratiba é uma área considerada rural, com um elevado número de chácaras e produtores de plantas ornamentais. Seu nome surgiu a partir da pronúncia errada do nome do antigo proprietário da maior parte das terras da região, William. Moradores locais passaram a chamá-lo de Sr. Wilha, até surgir Sr. Ilha e, posteriormente, chamarem o bairro como a terra do Sr. Ilha de Guaratiba.

Outros bairros foram nomeados com motivos mais específicos. Jacarepaguá, por exemplo, recebeu esse nome a partir dos índios que habitavam a região e significa "lagoa rasa com jacaré". Uma possível referência ao ponto exato ou próximo ao local de suas moradas. Outra influência indígena se encontra no bairro de Sepetiba, que tem origem na língua Tupi e significa “sítio dos Sapés” ou Sapezal, uma área antigamente coberta de florestas.

A linguagem popular já encurtou nome de muitos bairros. Praça Seca originalmente se chamava Largo do Visconde de Asseca, referindo-se ao antigo proprietário de terras que promoveu a urbanização da área. Anos depois o nome foi resumido para Largo do Asseca, Largo D'Asseca até chegar a Praça Seca.

Bangu, também, de origem indígena, nasce com o termo Tupi "Bang ú" e significa "paredão escuro ou escurecido, cheio de sombras ou sombreado", uma possível referência à sombra projetada sobre o bairro pelo Maciço da Pedra Branca. Ou ainda, em uma segunda versão, origina de um erro na pronúncia do termo "Benguê", identificando uma espécie de maca utilizada para o transporte de cana de açúcar e materiais de construção. O transporte improvisado deu origem à expressão "fazer à Bangu" e expressa quando algo é feito sem cuidado.

O bairro de Realengo traz consigo diversas versões que explicam a origem de seu nome. Dentre elas, a referência ao período imperial, quando se referiam à região como terras realengas de Campo Grande, ou seja, tudo que estaria distante do poder real. Como uma segunda explicação, a tradição popular credita o nome à abreviatura de Real Engenho (Real Engº) afixada no topo dos bondes da região.

O Rio de Janeiro é um estado extenso, com uma gama curiosa de nomes para suas localidades. A Zona Oeste não é exceção. Em momentos de curiosidade, é válido questionar o significado por trás deles, pois, a partir dele, podemos dar uma pequena espiada e saber um pouco mais da história de determinados locais e cultura, ou ainda como e se isso ainda influencia nos dias de hoje.

domingo, 10 de maio de 2015

Frozen e Homem-Aranha desembarcam em Campo Grande


Circuito Frozen
Por Juh Palmeira

O filme Frozen e o Homem Aranha ainda estão dando frutos, até o dia 24 de maio a garotada poderá aproveitar no West Shopping um circuito com atrações gratuitas divididas em cenários para animar meninos e meninas, distribuídos em um ambiente de aproximadamente 100 m².

O circuito “Frozen” é baseado no Castelo da rainha Elsa, lá a meninada poderá produzir a coroa da personagem Anna, poderá ainda experimentar as fantasias das protagonistas, aproveitarem o jogo Will Infinity Frozen e, gravar um trecho da trilha do filme, mostrando seu talento musical podendo levar um CD da gravação de lembrança.

O cenário do Homem Aranha, baseado no Ultimate Homem-Aranha, Rede de Guerreiros, do canal Disney XD, mostra um espaço de uma metrópole convidando os meninos a superar obstáculos e desafios, eles deverão atravessar o espaço das teias, jogarem o game disponível e se divertir no playground.

Circuito Homem-Aranha
Em uma região da cidade com poucas opções de lazer para a garotada, esse tipo de evento é necessário e importante para as crianças de todas as idades. O espaço funciona até o dia 24 de maio de segunda a quinta e feriados das 15 h às 21 h, sexta e domingo das 13 h às 21 h e sábado das 11 h às 21 h. O West Shopping fica na estrada do Mendanha, 555, Campo Grande.

terça-feira, 5 de maio de 2015

A importância de Senador Vasconcelos


Foto: Google Earth - Leandrop7 (site Panoramio)

Por Allan Duffes

De todos os bairros da Zona Oeste o que menos chama atenção é um minúsculo e impressionante bairro. Espremido entre Campo Grande e Santíssimo, Senador Vasconcelos resiste ao tempo e desperta a curiosidade porque não há quem se pergunte quando passa se realmente existe, e quando descobrem que sim perguntam para que está ali. Sim, Senador Vasconcelos existe, tem uma estação de trem que leva o nome do mesmo senador (Augusto Vasconcelos) e ainda conta com uma famosa igreja que quase ninguém sabe que fica lá.

Senador Vasconcelos também tem seu valor e sua importância, porque sem ele o ramal de trens de Santa Cruz teria apenas 32 estações da Central do Brasil ao terminal Santa Cruz no serviço parador e não 33 como o habitual. Sem esse bairro, algumas pessoas não teriam casa, teria um buraco na Avenida de Santa Cruz e na Estrada do Pré (por que esse nome?), a XVIII Região administrativa da cidade do Rio de Janeiro teria uma preocupação a menos e ninguém teria decretado fundação nenhuma em 23 de julho de 1981.

Quem conhece moradores de Senador Vasconcelos? E mais ainda quem conhece gente que diz que mora em Campo Grande, mas não é? Momento de profunda reflexão, porém que fique bem claro que quem mora na Rua Arthur Rios mora em Senador Vasconcelos. Fim do mistério e lá vai história do bairro encontrada no Wikipedia, na qual nada é confiável, mas foi o único site que abriga a grandiosa história do bairro: A região fazia parte do traçado da Estrada Real de Santa Cruz. Sua história se confunde com a do bairro de Campo Grande, com limites entre as fazendas das Capoeiras e do Lameirão. Mais tarde, por ela passou a antiga estrada Rio-São Paulo que, em viaduto, ultrapassava linha férrea do ramal de Mangaratiba (atual de Santa Cruz), onde foi instalada, em 1914, a estação Senador Augusto Vasconcelos.

Depois da vitoriosa história do lugar encontra-se outra informação. Muita gente quando passa pela Avenida de Santa Cruz encontra uma placa na qual está escrito "Igreja de São Pedro (à direita)" e nela muitos católicos visitam e fazem retiros. Para a informação ela fica em Senador Vasconcelos. Das outras maravilhas deste bairro incrível, encontra-se a garagem da falida empresa de ônibus Ocidental, a falida casa de shows da elite carioca Big Field e um pasto com algumas antenas da concessionária de energia elétrica.

Mesmo sendo pequenino e passar despercebido os moradores de Senador Vasconcelos deveriam se mobilizar e montar um cartão de visitas para este bairro, até porque muitas vezes é preciso passar por ele para chegar até Campo Grande ou desbravar o infinito da Zona Oeste. Este texto homenageia e dá reconhecimento ao lugar, e mostra que mesmo tendo pessoas que se esquecem dos lugares do Rio, principalmente na Zona Oeste, sempre tem uma alma para lembrar. Essa é a proposta do blog.

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